LER, MERGULHAR E DIVAGAR É O QUE EXISTE DE MELHOR, POR ISSO LHE OFEREÇO ESTE BLOG QUE PODE PROPICIAR-LHE A OPORTUNIDADE DE DESCORTINAR NOVOS HORIZONTES, EMOÇÕES E EXPERIÊNCIAS INCRÍVEIS - O RAPEL DO SEU CÉREBRO.
"Uma
vez conquistada, sua lealdade era dada com sinceridade, sem nenhuma daquelas
condições não-expressas com que as pessoas geralmente se protegem da
traição." (p. 57)
Sinopse: Romance
épico do indiano Amitav Ghosh, O Palácio de Espelho baseia-se na
trajetória da vida de um menino órfão e pobre, Rajkumar Raha, surpreendido em
meio à invasão britânica da Birmânia, país que há época era completamente
alfabetizado, não se sabia de nenhum analfabeto, posto que a política era a de
alfabetização plena, isto em 1885. Os dias eram aziagos e estava-se às vésperas
da expulsão da Família Real birmanesa, o menino acidentalmente visualiza uma
menina e se descobre apaixonado por uma bela pajem da rainha. Numa arrebatadora
história de amor e guerra, a trama acompanha a trajetória de três famílias
cujos destinos se entrelaçam, numa saga familiar que nos transporta a culturas
distantes e nos transforma em testemunhas do fim da monarquia birmanesa e da
ascensão e queda do império britânico.
Como a
história se passa em vários lugares exóticos e diferentes na: Índia, Birmânia e
Malásia principalmente, o romance de Amitav Ghosh vem com o mapa, que se
vê acima. Ele é essencial para que nos localizemos no espaço tempo do romance;
sem ele, perderia-mo-nos facilmente na geografia complicada
daqueles países do sul da Ásia. Pode--se sempre recorrer ao mapa para
localizar a informação que nos é dada, quando surge um nome de cidade
desconhecido.
A trama
é tão bem urdida, a linguagem tão envolvente, que nos esquecemos, que temos que
fazer outras coisas, como:comer, dormir, trabalhar, etc.
Desafio
você a lê-lo e tentar parar...
O autor neste livro usou o pronunciamento
de uma ativista birmanesa em prol da democracia, ela não é apenas uma ativista
é a ativista Aung San Suu Kyi, que inspirou o U2 com a músicA WALK ON.
Descrição parcial da ditadura Myanmar:
"A
cada ano os generais pareciam ficar mais poderosos, enquanto o resto do país se
enfraquecia; os militares eram como íncubos, sugando a vida de seu hospedeiro.
(…) morreu na prisão de Insein, em circunstâncias que não foram explicadas. Seu
corpo foi levado para casa com marcas de tortura e a família não teve direito a
um enterro público. Um novo regime de censura foi instalado, desenvolvido a
partir dos alicerces do sistema deixado pelo velho Governo Imperial. Todo livro
e revista tinha de ser apresentado a um Comitê de Exame de Imprensa para ser
lido por um pequeno exército de capitães e majores." (p. 558)
Abaixo a música do U2:
WALK ON
U2
Autor: U2;
escrita sobre a ativista birmanesa Aung San Suu
Kyi
ÁLBUM: All That You Can't Leave Behind
Island Records no Reino Unido e Interscope Records nos Eua
GÊNERO: ROCK IRLANDÊS ANO:
2000
"And love is not the easy thing
Is the only baggage that you can bring
Love is not the easy thing
The only baggage you can bring
Is all that you can't leave behind"
And if the darkness is to keep us apart
And if the daylight feels like it's a long way off
And if your glass heart should crack
And for a second you turn back
Oh, no, be strong
Walk on! Walk on!
What you got, they can't steal it
No, they can't even feel it
Walk on! Walk on!
Stay safe tonight
You're packing a suitcase for a place
None of us has been
A place that has to be believed to be seen
You could have flown away
A singing bird in an open cage
Who will only fly, only fly for freedom
Walk on! Walk on!
What you got, they can't deny it
Can't sell it, or buy it
Walk on! Walk on!
You stay safe tonight
And I know it aches
How your heart it breaks
You can only take so much
Walk on! Walk on!
Home!
Hard to know what it is
If you never had one
Home!
I can't say where it is
But I know I'm going
Home!
That's where the hurt is
And I know it aches
And your heart, it breaks
And you can only take so much
Walk on!
You've got to leave it behind:
All that you fashion
All that you make
All that you build
All that you break
All that you measure
All that you feel
All this you can leave behind
All that you reason, it's only time
And I'll never fill up all I find
All that you sense
All that you scheme
All you dress-up
All that you've seen
All you create
All that you wreck
All that you hate
A
primeira parte de O imperador amarelo reúne uma seleção de fábulas e lendas
chinesas tradicionais, algumas de autores desconhecidos, outras de Mestres e
poetas considerados importantes. Nelas estão monges, guerreiros, imperadores,
princesas e dragões. Muitas são histórias de ensinamento, ligadas à sabedoria
taoísta; outras têm caráter mítico, com imagens de lirismo ou um leve tom humorístico.
A segunda parte do livro traz ensinamentos, textos curtos escritos por antigos
Mestres para a reflexão e a meditação.
Escrito
por Heloísa Prieto a partir da orientação do escritor, pesquisador e psiquiatra
Paulo Bloisa, O Imperador Amarelo reúne aventuras magia e sonhos, propiciando
ricas descobertas a partir das palavras dos grandes mestres da Antiga China.
Enriquecendo essas narrativas milenares, o traço delicado de Janaina Tokitaka
parece transpor o leitor contemporâneo ao estado de fluidez e serenidade
almejado pelos antigos aquarelistas taoístas.
VOU TRANSCREVER UMA DAS LENDAS COMO AMOSTRAGEM:
A PONTE MAL-ASSOMBRAda
EmHangchow havia uma ponte que todos diziam ser mal--assombrada. Certa vez, um jovem viajante teve que se esconder debaixo dela para proteger-se de uma tempestade. Ao avistá-lo de cima da ponte, outro viajante cismou que o pobre jovem era um fantasma. Fechou o guarda-chuva e o utilizou como se fosse uma lança para afastá-la. Durante a luta, o jovem foi atirado às águas do rio, mas como nadava muito bem, conseguiu salvar-se. Depois, o jovem saiu correndo assustado pela estrada até encontrar uma casa de luzes acesas. Desesperado, bateu à porta, e quando os moradores o acolheram, disse:
- Fui atacado por um estranho fantasma de guarda-chuva que queria me matar! Quase morri! Mas, felizmente, consegui escapar!
- Eu também vi um fantasma hoje! Escondido debaixo da ponte!
De repente, o jovem e o dono da casa se entreolharam, reconheceram-se e, às gargalhadas, perceberam como tinham sido loucos!
Na noite seguinte, nessa mesma ponte, um homem sem lanterna caminhava assustado até ouvir um estranho ruído que o acompanhava. Ele se virou e deparou-se com uma cabeça imensa sobre um pequeno corpo. O homem perdeu o ar e ficou paralisado. O corpinho que carregava a cabeça gigante também parou. O homem deu dois passos adiante. O corpinho o imitou. O homem saiu correndo. O corpinho o seguiu. Em pânico, o homem entrou numa cabana, mas antes que conseguisse fechar a porta, o corpinho também entrou logo atrás dele.
Apavorado, o homem desmaiou. Quando finalmente despertou, viu que estava na cabana, iluminada por uma vela, ao lado de um menino que carregava um cesto na cabeça.
- Boa noite, senhor - ele disse. - Tenho tanto medo da lenda da ponte mal-assombrada que assim que o vi, aproveitei para ficar a seu lado. Eu o segui porque sabia que o senhor me protegeria de fantasmas. Tenho certeza de que um adulto nunca teria medo das assombrações, não é mesmo?
HUANG DI /HUANG-TI
O
livro apresenta várias lendas e fábulas chinesas, cada uma de um pensador e
algumas de autoria anônima, através dessa leitura, popdemos receber informações
contendo mensagens de sabedoria oriental, sabedoria esta que sabemos ser
milenar.
Os
textos remetem o leitor a uma reflexão, onde cada conto é uma importante
mensagem de sabedoria, de acordo com vivência de cada leitor.
Em
'O assassino na chuva', encontramos os primeiros textos de Chandler, publicados
nos anos 30 na célebre revista Black Mask, da qual o próprio Hammett era dono.
Estes textos - politicamente incorretos, imbuídos da atmosfera ambígua da
recessão e passados na Los Angeles que já é a meca do cinema e da perdição -
dão conta de um escritor maduro e seguro de suas técnicas. Já nestas histórias
estão presentes as descrições especialíssimas e o estilo inconfundível do
autor; a habilidade para manipular níveis de tensão e o talento para reinventar
um subgênero muitas vezes desvalorizado e elevá-lo ao estado de arte. E, por
meio da arte, refletir sobre a natureza violenta do ser humano. Traços e
características que culminariam nos romances protagonizados por Philip Marlowe,
o mais querido detetive da literatura moderna.
Vida & Obra
Raymond Chandler
Raymond Chandler foi uma das grandes personalidades da literatura americana do século XX. Pontificou no gênero policial noir, uma vertente, digamos assim, mais intimista e realista do que aquele tipo de literatura de “crime e mistério” que surgiu com Poe, Conan Doyle e Chesterton e que teve seguidores célebres como Agatha Christie, Ruth Rendell, Rex Stout e, de certa forma, Georges Simenon. Chandler e seu mestre Dashiell Hammett desprezavam esta comparação. Seus romances não tinham como elemento-chave o investigador superarguto e suas deduções geniais. Em vez de um elegante Hercule Poirot, de um curioso Padre Brown, um impressionante Sherlock ou seu pai literário, o inspetor Dupin, de Poe, encontramos homens comuns (ou quase) tentando ganhar a vida trabalhando por “25 dólares por dia mais despesas”.
Quando comecei a lê-lo não imaginava a gama de emoções e apreensões que me assaltariam enquanto o lia!
Nada
poderia deixar o pequeno Emil mais feliz e orgulhoso do que poder viajar
sozinho pela primeira vez de sua cidadezinha, Neustadt, à capital Berlim. Sua
avó e sua prima, Pony Chapeuzinho, o aguardam ansiosas, mas o garoto não chega
à rodoviária como o previsto. O que teria acontecido ao jovem Emil? Será que
ele está correndo perigo? Este é o ponto de partida de Emil e os detetives,
clássico moderno da literatura alemã, escrito por Erich Kästner, um dos autores
de livros infantis mais importantes do século XX.
Ganhador
da prestigiada medalha Hans Christian Andersen, Kästner aborda, com leveza,
rara fluidez e singeleza, temas importantes como coragem, justiça e, sobretudo,
amizade. Na trama, Pony e a avó mal podiam imaginar a emocionante caçada que o
primo e neto Emil estava se metendo no encalço do ladrão – um sujeito
inicialmente Cortez e distinto – que roubara todo o seu dinheiro no trem
enquanto ele dormia, sonhando com Berlim.
Destemido
e inteligente, Emil tem um plano para pegar o patife e reaver a soma que sua
esforçada mãe tanto suara para conseguir! Para tanto, o menino contará com a
ajuda do novo amigo Gustav, o garoto com a buzina, e sua turma para não perder
o gatuno de vista nessa perseguição – tão divertida quanto implacável!
A
questão é: conseguirão estes jovens “detetives” ser bem-sucedidos e prender o
covarde bandido? Para descobrir, somente lendo a surpreendente e deliciosa
aventura policial Emil e os detetives. Uma leitura prazerosa do início ao
fim – elementar, caros leitores!
Mais
um autor alemão que nos brinda com um livro infanto-juvenil envolvente!
Uma
trama intrincada, um emaranhado de explicações para a estruturação do livro e
de repente uma história fascinante, incomum e incrível, cheia de ternura,
carinho e candura. Crianças são protagonistas versus um adulto malandro... Uma
tática inusitada e um final mais surpreendente ainda.
Ressaltando
os valores morais e a inocência da criança.
Vale
a pena ler, devora-se-o em pouco tempo. Hummmmm!!! É de lamber o
cérebro(parodiando lamber os beiços).E lavar a alma.
Encontrando-me com um sertanejo,
Perto de um pé de maracujá,
Eu lhe perguntei:
Diga-me caro sertanejo,
Porque razão nasce branca e roxa,
A flor do maracujá?
Ah, pois então eu lhi conto,
A estória que ouvi contá,
A razão pro que nasci branca i roxa,
A frô do maracujá.
Maracujá já foi branco,
Eu posso inté lhe ajurá,
Mais branco qui caridadi,
Mais brando do que o luá.
Quando a frô brotava nele,
Lá pros cunfim do sertão,
Maracujá parecia,
Um ninho de argodão.
Mais um dia, há muito tempo,
Num meis que inté num mi alembro,
Si foi maio, si foi junho,
Si foi janeiro ou dezembro.
Nosso sinhô Jesus Cristo,
Foi condenado a morrê,
Numa cruis crucificado,
Longe daqui como o quê,
Pregaro cristo a martelo,
E ao vê tamanha crueza,
A natureza inteirinha,
Pois-se a chorá di tristeza.
Chorava us campu,
As foia, as ribeira,
Sabiá tamém chorava,
Nos gaio a laranjera,
E havia junto da cruis,
Um pé de maracujá,
Carregadinho de frô,
Aos pé de nosso sinhô.
I o sangue de Jesus Cristo,
Sangui pisado de dô,
Nus pé du maracujá,
Tingia todas as frô,
Eis aqui seu moço,
A estória que eu vi contá,
A razão proque nasce branca i roxa,
A frô do maracujá
Lady
Chatterley's Lover é um romance do escritor inglês DH
Lawrence, publicado pela primeira vez em privado em 1928 na Itália e em
1929 na França. Uma edição não expurgada
não foi publicada abertamente no Reino Unido até 1960, quando foi o assunto de
um julgamento por obscenidade divisor de
águascontra a editora Penguin Books. A Penguin ganhou o caso e
rapidamente vendeu três milhões de cópias. O livro também foi proibido por obscenidade
nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Índia e Japão. O livro logo se tornou
conhecido por sua história da relação física (e emocional) entre um homem da classe
trabalhadora e uma mulher da classe alta, suas descrições
explícitas de sexo e seu uso de palavras de quatro letras então não
imprimíveis.
Diz-se
que a história se originou de certos eventos da própria infeliz vida doméstica
de Lawrence, e ele se inspirou para os cenários do livro em Nottinghamshire,
onde cresceu. De acordo com alguns críticos, a aventura de Lady Ottoline Morrell com "Tiger",
um jovem pedreiro
que veio esculpir pedestais
para as estátuas de seu jardim, também influenciou a história. Lawrence, que
uma vez considerou chamar o romance de John Thomas e Lady Jane (em referência
aos órgãos sexuais masculino e feminino), fez alterações significativas no
texto e na história no processo de sua composição.
Lawrence
leu o manuscrito de Maurice de EM
Forster, que foi publicado postumamente em 1971. Esse romance, que também
envolve um guarda-caça se tornando amante de um membro das classes altas,
embora o relacionamento seja homossexual, foi uma influência para Lady
Chatterley's Lover.
Este livro chocou a sociedade da sua época, até
quando o li ainda era como se dizia “picante”, hoje é apenas um romance
erótico.
Mas não o desmereçamos, pensemos na época do autor
e como foi arrojado. Nesses incidentes é que o mundo vai sofrendo suas
metamorfoses sociais, foi um terremoto de épicas proporções, hoje não chega a
ser uma lufada de vento desgrenhando-nos os cabelos!
A
cultura russa, revelada por escritores clássicos como Liev Tolstói, tem fortes
raízes na vivência do homem do povo. Nesta seleção de histórias, o célebre
autor busca as narrativas do ambiente rural russo para tratar com humor e
ironia de questões humanas universais. A figura do camponês, recorrente nos
textos, ora surpreende, ora diverte, pela sua sapiência peculiar. As situações
inusitadas abordam de forma instigante conceitos sobre riqueza, honestidade,
justiça, inteligência. O
escritor russo Lev Nikolayevich Tolstoi (1828-1910) — também conhecido como Leon,
Leão ou Liev Tolstoi — destacou-se no panteão dos grandes mestres russos da
literatura do século XIX, ao lado de nomes como Dostoiévski, Turguêniev e
Tchekhov. Não bastasse a honra de ser um dos proeminentes de um círculo tão
grandioso de escritores, Tolstói foi um ativista ferrenho do pacifismo,
propagandeando durante toda a sua velhice os benefícios de uma vida simples e
próxima da natureza. Atormentado por questões familiares, fugiu de casa aos 82
anos, falecendo de pneumonia, sozinho, em uma estação de trem. Suas obras de
maior destaque são Guerra e paz e Anna Kariênina.
TRÊS BOLOS DE PÃO E UMA ROSCA
Um certo camponês estava com fome, ele comprou um
pão careca e o comeu; mas continuou com fome. Comprou e comeu outro pão careca
e continuou com fome. Comprou e comeu o terceiro pão careca e ainda continuou
com fome. Resolveu, então, comprar uma rosquinha e quando terminou de comê-la
ficou finalmente saciado. - Eta! que idiota. - exclamou, dando um tapa na sua
própria cabeça. - Para que foi que eu comi tantos pães careca? Eu tinha que ter
começado comendo apenas uma rosquinha!
FICHA TÉCNICA TÍTULO: CRIME E CASTIGO TÍTULO ORIGINAL: PRESTUPLÉNIE I NAKAZÁNIE AUTOR: DOSTOIÉVSKI, FIÓDOR MIKHÁILOVITCH, VOL.01/10 TRADUÇÃO: ROSÁRIS FUSCO LITERATURA:LITERATURA RUSSA COLEÇÃO: OBR. COMPLETAS E ILUSTRADAS DE
DOSTOIÉVSKI GÊNERO: ROMANCE EDITORA: JOSÉ OLYMPIO EDITÔRA EDIÇÃO: 1ª ANO: 1966 IDIOMA: Português ESPECIFICAÇÕES:CAPA DURA|541 páginas ISBN: SEM CÓDIGO INÍCIO DA LEITURA: 1967 TÉRMINO:1967 SINOPSE:
Crime e Castigo (em russo, Преступление
и наказание, Prestuplênie i nakazánie) é um romance do escritor russo Fiódor
Dostoiévski publicado em 1866. Narra a história de Rodion Românovitch
Raskólnikov, um jovem estudante que comete um assassinato e se vê perseguido
por sua incapacidade de continuar sua vida após o delito. O romance se baseia numa visão sobre religião
e existencialismo com um foco predominante no tema de atingir salvação por
sofrimento, sem deixar de comentar algumas questões do socialismo e niilismo. Os personagens e a descrição dos seus
caracteres e personalidades, bem como outras obras maiores de Fiódor
Dostoiévski, inspiraram pensamentos filosóficos, sociológicos e psicológicos da
segunda metade do século XIX e também no século XX. Foram influenciados Nietzsche,
Sartre, Freud, Orwell, Huxley, dentre outros. Os flagrantes traços autobiográficos,
como a adoração pela mãe, o vício do jogo (O Jogador) e a fidelidade
psicológica, bem como os traços estilísticos do autor, colocaram esta obra,
entre as maiores da história da literatura universal e, certamente, junto com Os
Irmãos Karamazov, garantiram a Fiódor Dostoiévski a posição de maior escritor
russo da história em conjunto com Lev Tolstoy.
Dostoievski
é excelente escritor, seus livros são dignos de serem devorados. A literatura
russa é a mais espetacular do mundo, claro que não devemos generalizar, pois
existem escritores ótimos em todo o mundo, mas os russos, são especiais... LEIA-OOOOOOOOOOO...
Ser pobre e negra trouxe para Geni muitos
conflitos interiores. Já adulta, continuou enfrentando barreiras impostas pela
sua cor. Para vencê-las, traçou uma meta de vida e chegou lá! Lutou e continua
lutando com armas poderosas que adquiriu durante sua vida: amor, carinho,
afeto... O mundo seria melhor se os homens deixassem, assim como Geni, que
essas poderosas armas brotassem em seus corações?
Narrado em primeira pessoa, em linguagem
despretensiosa, focando cenas cotidianas de um ambiente rural, o livro encanta
pelas passagens que conduzem uma criança negra da inocência infantil ao
entendimento juvenil. Seu amadurecimento, experiência, surpresas, suas enfim
conclusões sobre as pessoas e o mundo ocorrem de maneira delicada, porém constante
e contundente. Expõem inequivocamente a discriminação explícita, o preconceito
velado, as ilusões da menininha e os sonhos da mocinha. Sonhos simples e que,
afinal, se realizam.
Destaque para a impressão de que estamos
vivendo sua vida, e não apenas lendo sobre ela tal a naturalidade do estilo e a
construção pé-no-chão dos personagens.
Este
livro é de uma ternura imensa em cada uma de suas páginas. Retrata um olhar
infantil e inocente da vida, circunscrito à sua realidade.
Apenas
um trecho do livro:
“...
“-
Mãe, a senhora gosta de mim?
“-
Ué, claro que gosto, filha.
“-
Que tamanho? – perguntava eu.
“Ela
então soltava minha cabeça, estendia os braços e respondia sorrindo:
“-
Assim.
“Eu
voltava ao peito, fechava os olhos e mamava feliz.
“Era
o tanto certo do amor que precisava, porque eu nunca podia imaginar um amor
além da extensão dos seus braços.