AUTOBIOGRAFIA PRECOCE
IEVGUÊNI IEVTUCHENKO
FICHA TÉCNICA:
TÍTULO: AUTOBIOGRAFIA
PRECOCE
TÍTULO ORIGINAL: AUTOBIOGRAPHIE
PRÉCOCE
AUTOR: EUGÊNIO
EVTUCHENKO
VOL.: ÚNICO
LITERATURA: RUSSA
GÊNERO: BIOGRAFIA
EDITORA: FON FON E
SELETA
EDIÇÃO: 1ª
ANO: 1966
IDIOMA: Português
ESPECIFICAÇÕES: CAPA
DURA|171 páginas
ISBN: S/CÓDIGO
INÍCIO DA LEITURA: 07/08/1966
TÉRMINO: 12/08/1966
SINOPSE:
E é bom lembrar do
símbolo idealizado da poesia e do poeta russo, nada parecido em outras nações.
O poeta, na nação russa, tem um poder e influências bem mais proeminentes nesta
nação de grandes artistas e escritores.
A autobiografia de Evtuchenko é o
retrato de uma nova geração russa de escritores, que surgia naquele contexto de
fim da era stalinista, para uma abertura e revisão da experiência soviética com
Stalin, para um novo período em que tudo é revisto, e que provoca o embate do
poeta Evtuchenko com os velhos dogmáticos da esquerda stalinista.
Evtuchenko ganha uma nova posição de
reflexão sobre o comunismo na era pós-Stalin. Evtuchenko rememora seus passos
de poeta, no seu estudo, na sua luta de divulgação de seu trabalho, nos saraus,
e nas suas andanças pelo cenário literário e político daquela época.
Enfim, este jovem poeta russo declara seu comunismo, e, ao mesmo tempo,
entra num confronto político de questionamento dos rumos da nação. A luta
contra os dogmáticos se torna ferrenha, e Evtuchenko, entre poesia e política,
ou melhor, numa poesia política e engajada, entra no coração soviético de luta
por ideais que estavam em plena efervescência e renovação, após a morte do
ditador Stalin.
Mas, no início de sua autobiografia,
Evtuchenko declara que a autobiografia de um poeta são seus poemas, "o
poeta tem o dever de se apresentar aos leitores com seus sentimentos, atos e
pensamentos de coração aberto", ou ainda, "se entregar,
impiedosamente, à sua verdade." E, num ato de ir além de seus poemas,
escreve esta obra autobiográfica, o que não contradiz a abertura da própria
obra, pois sua vida coadunava com seus poemas, não haveria, portanto, em
Evtuchenko, o problema visto em alguns poetas, de uma poesia que não refletiria
a vida do poeta.
Pois então, Evtuchenko, em sua vida de
embate poético e politizado, dá a ideia da Rússia soviética do século XX,
coloca historicidade profunda no seu relato, e mescla seu percurso e evolução
na poesia, entre os conflitos de uma nação. O vulto da literatura russa, num
contexto comunista, que é, por si só, um exercício de política prática
constante, e na sua referência à tradição de Maiakovski, e o nascimento de uma
nova geração, uma geração engajada, reflexo de um povo único, e de escritores e
poetas de alta estirpe, faz a descrição, através deste escrito de Evtuchenko,
de uma nação que tem na literatura e na política, dois poderes fantásticos.
Evtuchenko reúne em seu relato autobiográfico todos estes elementos que formam
a ideia e a prática de um povo, de uma nação, numa arte que está imbricada com
a práxis política, e uma poesia que é colocada no panteão de uma identidade que
faz a Rússia, e que se coloca como um dos símbolos mais fortes desta nação
russa.
O reestabelecimento leninista do XX
Congresso, onde novos paradigmas entravam como uma superação do que se tornou o
processo de devassa do período stalinista, apavorou os que Evtuchenko chamava
de "dogmáticos", de suas cadeiras de couro, bem arrumados em cargos políticos,
estes tremiam diante da nova realidade e da revelação das atrocidades do
período stalinista, onde o culto da personalidade de Stalin escondia um monstro
sanguinário e vingativo.
Sob o governo de Kruchev, todas as
barbáries do período stalinista são colocadas às claras, e Stalin passa de
figura central do comunismo soviético, a um homem abjeto que condenou o
leninismo inicial de uma Rússia soviética, para um delírio semelhante às
loucuras do fascismo e do nazismo. Stalin desce de uma idealização mítica e
sofre uma revisão crítica de seus atos, após a sua morte. Uma nova União
Soviética se erguia, recuperando o leninismo, e passando por uma intensa
reinterpretação do fenômeno Stalin. E Evtuchenko, que também nutriu admiração
por Stalin, refaz seu comunismo, e entra em confronto com os velhos dogmas de
um país que, neste momento, já havia mudado.
A poesia no plural, tal o
"nós" de uma poesia nascente no comunismo, é a poesia política que
Evtuchenko tematiza em sua obra autobiográfica. Ele entende que há uma
separação entre verdadeiros poetas, que falam de uma vida autenticamente
poética, mergulhada no fenômeno da vida coletiva, o que é um nascente
"nós" de uma poesia política e comunista, e os estereótipos de uma
poesia superada, que não tem vigor biográfico e nem político. E é aí que
Evtuchenko encontra sua voz poética, na trilha da tradição de um Maiakovski, e
meio que postergando a sua relação com o "eu" de Pasternak, poeta que
demora a chamar a sua atenção.
AUTOR:
Ievguêni Ievtuchenko (em russo: Евге́ний
Алекса́ндрович Евтуше́нко, por vezes transliterado como Yevgeny
Aleksandrovich Yevtushenko ou Ievgueni Ievtuchenko ou
ainda Evgueni Ievtuchenko; Zima, 18 de julho de 1932 – Tulsa, Oklahoma, 1 de abril de 2017) foi um poeta russo.
Escreveu, entre outros, os
poemas Stantsiia Zima (Estação Zima, 1956) e Mamãe e a bomba
atômica (1984), em que expressa suas convicções pacifistas.
Biografia Yevtushenko
nasceu nas profundezas da Sibéria,
na cidade de Zima,
Yevtushenko ganhou notoriedade na
antiga União Soviética quando tinha 20 anos, com
a sua poesia
denunciado Estaline. Ganhou reconhecimento internacional como jovem
revolucionário com Babi Yar, o poema de 1961 sobre o massacre de
quase 34 000 judeus pelos Nazis e a denúncia do Anti-semitismo que se tinha
espalhado por toda a União Soviética. Era professor na Universidade de Tulsa, nos Estados Unidos.
Faleceu com cancro em fase 4, que
sofria desde há seis anos.
AUTOR INCRÍVEL!!! DUVIDA? ENTÃO LEIA-O!!!!
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