domingo, 24 de julho de 2022

JOSÉ LINS DO REGO - O MOLEQUE RICARDO

O MOLEQUE RICARDO

JOSÉ LINS DO REGO

FICHA TÉCNICA
TÍTULO: O MOLEQUE RICARDO
TÍTULO ORIGINAL: MESMO TÍTULO
AUTOR: JOSÉ LINS DO REGO
TRADUTOR: VERSÃO ORIGINAL
VOL. COLEÇÃO AGARAM Nº 33
LITERATURA: BRASILEIRA
GÊNERO: ROMANCE REGIONAL
EDITORA: LIVRARIA JOSÉ OLYMPIO EDITORA
EDIÇÃO: 12ª
ANO: 1978
IDIOMA: Português
ESPECIFICAÇÕES: BROCHURA|213 páginas
ISBN: S/CÓDIGO
INÍCIO DA LEITURA: 16/09/1980
TÉRMINO: 22/09/1980
 
SINOPSE:
 
      O Moleque Ricardo, publicado em 1935, é primeiro romance de José Lins do Rego narrado em 3ª pessoa.
Romance regionalista, O Moleque Ricardo é primeiro romance narrado em terceira pessoa de José Lins do Rego e faz parte das chamadas obras independentes do autor, juntamente com Pureza e Riacho Doce, que apresentam ligação com os dois ciclos: o da cana-de-açúcar e o do cangaço. Temos nesta obra um socialismo social que se afasta de certas coordenadas neo-naturalistas dos primeiros romances.
      É o romance mais político de José Lins. Nesta obra, a realidade nordestina está retratada no personagem Ricardo, que, de moleque e serviçal de engenho, passa a proletário urbano. É o romance satélite do ciclo da cana-de-açúcar. Sob o ponto de vista cronológico, fica entre Banguê e Usina. É a história de um daqueles moleques de eito, aparecidos em Menino de Engenho, e que se destaca dos companheiros, abandona Santa Rosa e vai para a cidade com a intenção de mudar de vida.
     Em “O Moleque Ricardo”, retira-se o melhor rebento da bagaceira para alçá-lo à condição de proletário, cotejando-se assim o mundo material e espiritual do operário de engenho ao da fábrica. É a narrativa ficcional repetindo a tese da sociologia e das elites nordestinas, segundo a qual a sorte do “alugado” do eito vencia por bem mais do que um focinho a de “assalariado” urbano. Porém, de certo modo, a volta do moleque Ricardo ao engenho, do qual fugira aos 16 anos, registra que o caminho abandonado já era o único possível a ser seguido.
       A obra demonstra o temor dos regionalistas com as novas práticas e o estilo de vida trazido pelos espaços modernos. Assim, analisando a obra, podemos perceber como a construção histórica do nordestino também possui suas descaracterizações, presente nas cidades (modelos de decadência dos costumes "tradicionais"), com práticas consideradas desvirilizantes.
 
AUTOR:
 
        José Lins do Rego Cavalcanti(Pilar, 3 de junho de 1901Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1957) foi um escritor brasileiro que, ao lado de Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz e Jorge Amado, figura como um dos romancistas regionalistas mais prestigiosos da literatura nacional. Segundo Otto Maria Carpeaux, Lins do Rego era "o último contador de histórias". Seu romance de estreia, Menino de Engenho(1932), foi publicado com dificuldade, todavia logo foi elogiado pela crítica.
      José Lins escreveu cinco livros a que nomeou "Ciclo da cana-de-açúcar", numa referência ao papel que nele ocupa a decadência do engenho açucareiro nordestino, visto de modo cada vez menos nostálgico e mais realista pelo autor: Menino de Engenho (1932), Doidinho(1933), Bangüê(1934), O Moleque Ricardo(1935), e Usina(1936). Sua obra regionalista, contudo, não se encaixa somente na denúncia sócio-política, mas, como afirmou Manuel Cavalcanti Proença, igualmente em sua "sensibilidade à flor da pele, na sinceridade diante da vida, na autenticidade que o caracterizavam".
       José Lins nasceu na Paraíba; seus antepassados, que eram em grande parte senhores de engenho, legaram ao garoto a riqueza do engenho de açúcar que lhe ocupou toda a infância. Seu contato com o mundo rural do Nordeste lhe deu a oportunidade de, nostálgica e criticamente, relatar suas experiências através das personagens de seus primeiros romances. Lins era ativo nos meios intelectuais. Ao matricular-se em 1920 na Faculdade de Direito do Recife ampliou seus contatos com o meio literário de Pernambuco, tornando-se amigo de José Américo de Almeida(autor de A Bagaceira). Em 1926, partiu para o Maceió, onde se reunia com importantes nomes, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda e Jorge de Lima. Quando partiu para o Rio de Janeiro, em 1935, conquistou ainda mais a crítica e colaborou para a imprensa, escrevendo para os Diários Associados e O Globo.

       Este autor é realista e descreve os hábitos de sua terra em seus romances, se você tem sede de conhecimento leia-o... Ler é uma viagem que fazemos a outras realidades através da descrição de alguém e do uso de nossa fantasia. Viagem!!!...

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