O MOLEQUE RICARDO
JOSÉ LINS DO REGO

FICHA
TÉCNICA
TÍTULO:
O MOLEQUE RICARDO
TÍTULO
ORIGINAL: MESMO TÍTULO
AUTOR:
JOSÉ LINS DO REGO
TRADUTOR:
VERSÃO ORIGINAL
VOL.
COLEÇÃO AGARAM Nº 33
LITERATURA:
BRASILEIRA
GÊNERO:
ROMANCE REGIONAL
EDITORA:
LIVRARIA JOSÉ OLYMPIO EDITORA
EDIÇÃO:
12ª
ANO:
1978
IDIOMA:
Português
ESPECIFICAÇÕES:
BROCHURA|213 páginas
ISBN:
S/CÓDIGO
INÍCIO
DA LEITURA: 16/09/1980
TÉRMINO:
22/09/1980
SINOPSE:
O
Moleque Ricardo, publicado em 1935, é primeiro romance
de José Lins do Rego narrado
em 3ª pessoa.
Romance
regionalista, O Moleque Ricardo é primeiro romance narrado em terceira pessoa
de José Lins do Rego e faz parte das chamadas obras independentes do autor,
juntamente com Pureza e Riacho Doce, que apresentam ligação com os dois
ciclos: o da cana-de-açúcar e o do cangaço. Temos nesta obra um socialismo
social que se afasta de certas coordenadas neo-naturalistas dos primeiros
romances.
É
o romance mais político de José Lins. Nesta obra, a realidade nordestina está
retratada no personagem Ricardo, que, de moleque e serviçal de engenho, passa a
proletário urbano. É o romance satélite do ciclo da cana-de-açúcar. Sob o ponto
de vista cronológico, fica entre Banguê e Usina. É a história de um daqueles
moleques de eito, aparecidos em Menino de Engenho, e que se destaca dos
companheiros, abandona Santa Rosa e vai para a cidade com a intenção de mudar
de vida.
Em
“O Moleque Ricardo”, retira-se o melhor rebento da bagaceira para alçá-lo à
condição de proletário, cotejando-se assim o mundo material e espiritual do
operário de engenho ao da fábrica. É a narrativa ficcional repetindo a tese da
sociologia e das elites nordestinas, segundo a qual a sorte do “alugado” do
eito vencia por bem mais do que um focinho a de “assalariado” urbano. Porém, de
certo modo, a volta do moleque Ricardo ao engenho, do qual fugira aos 16 anos,
registra que o caminho abandonado já era o único possível a ser seguido.
A
obra demonstra o temor dos regionalistas com as novas práticas e o estilo de
vida trazido pelos espaços modernos. Assim, analisando a obra, podemos perceber
como a construção histórica do nordestino também possui suas
descaracterizações, presente nas cidades (modelos de decadência dos costumes
"tradicionais"), com práticas consideradas desvirilizantes.
AUTOR:
José
Lins do Rego Cavalcanti(Pilar, 3 de junho
de 1901
— Rio de
Janeiro, 12 de setembro de 1957) foi um escritor
brasileiro
que, ao lado de Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Rachel de
Queiroz e Jorge Amado, figura como um dos romancistas regionalistas mais
prestigiosos da literatura nacional. Segundo Otto Maria Carpeaux, Lins do Rego era "o
último contador de histórias". Seu romance de estreia, Menino de
Engenho(1932), foi publicado com dificuldade, todavia logo foi
elogiado pela crítica.
José
Lins escreveu cinco livros a que nomeou "Ciclo da cana-de-açúcar", numa referência ao papel
que nele ocupa a decadência do engenho açucareiro nordestino,
visto de modo cada vez menos nostálgico
e mais realista
pelo autor: Menino de Engenho (1932), Doidinho(1933),
Bangüê(1934),
O Moleque Ricardo(1935), e Usina(1936).
Sua obra regionalista, contudo, não se encaixa somente na denúncia
sócio-política, mas, como afirmou Manuel Cavalcanti Proença, igualmente em
sua "sensibilidade à flor da pele, na sinceridade diante da vida, na
autenticidade que o caracterizavam".
José
Lins nasceu na Paraíba; seus antepassados, que eram em grande parte senhores de
engenho, legaram ao garoto a riqueza do engenho de açúcar que lhe
ocupou toda a infância. Seu contato com o mundo rural do Nordeste
lhe deu a oportunidade de, nostálgica e criticamente, relatar suas experiências
através das personagens de seus primeiros romances. Lins era ativo nos meios
intelectuais. Ao matricular-se em 1920 na Faculdade de Direito do Recife
ampliou seus contatos com o meio literário de Pernambuco,
tornando-se amigo de José Américo de Almeida(autor de A Bagaceira).
Em 1926, partiu para o Maceió, onde se reunia com importantes nomes, Graciliano
Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda e Jorge de Lima.
Quando partiu para o Rio de Janeiro, em 1935, conquistou ainda
mais a crítica e colaborou para a imprensa,
escrevendo para os Diários Associados e O Globo.
Este autor é realista e descreve os hábitos de sua terra em seus
romances, se você tem sede de conhecimento leia-o... Ler é uma viagem que
fazemos a outras realidades através da descrição de alguém e do uso de nossa
fantasia. Viagem!!!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário