domingo, 6 de agosto de 2023

HENRI TROYAT - A RUINA

A RUÍNA

HENRI TROYAT

FICHA TÉCNICA:

TÍTULO:  A RUÍNA

TÍTULO ORIGINAL: LA MALANDRE

AUTOR: HENRI TROYAT

TRADUÇÃO: NUNO VALADARES

VOL.: UNICO

LITERATURA: FRANCESA

GÊNERO: ROMANCE FRANCÊS

EDITORA: LIVRARIA CLÁSSICA EDITORA

ANO: 1969

IDIOMA: Português

ESPECIFICAÇÕES: Brochura|463 páginas

ISBN: NÃO TEM

INÍCIO DA LEITURA: 05/04/1975

TÉRMINO: 16/04/1975

 

SINOPSE:

         Conhecemos o penetrante incipit de Ana Karenina: «Todas as famílias felizes se parecem umas com as outras, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.» Por outras palavras, a felicidade é sem história. Os Eygletière oferecem-nos o espectáculo impudico de uma família que não pode ser feliz - mas corresponde o conceito de "felicidade familiar" a alguma coisa? - porque, precisamente, os filhos nunca se limitam a continuar vias abertas; procuram a própria felicidade; um caminho pessoal, chamemos-lhe, redutoramente, egoísta, que em todo o caso implica sempre rupturas. Jean-Marc, Françoise e Daniel ilustram os tremendos cortes que hão-de constituir o tríplice motor deste romance.
         Os cortes protagonizados por Jean-Marc são ambos inomináveis. Não por pudor da minha parte, mas porque não faria sentido antecipá-los à leitura do romance; Daniel será um inesperado pai, aos dezanove anos; também, para já, basta isto. Françoise, por sua vez, casar-se-á com Alexandre Kozlov, russo, professor de russo, muito mais velho do que ela.
          Troyat é um apaixonado e um estudioso da cultura russa. Basta termos presentes as suas obras sobre o quotidiano na Rússia ao tempo do último czar, ou sobre Ivan, oTerrível, ou sobre Dostoievski: assim, Kozlov é, nas suas mãos, a brilhante personagem através de que se expõe o combate entre o espírito parisiense burguês dos anos 50, e a alma russa, ou pelo menos a fibra dessa alma que produziu os estudantes revolucionários, os idealistas impiedosos, ou esses niilistas, entre uma inocência quase infantil, que o próprio Dostoievski tão bem retratara [confira-se, por exemplo, O Idiota] e uma radical incapacidade para se comover com a realidade; para Kozlov, tudo se resume a um exercício intelectual, uma experiência irónica e distante - até a sua relação com Françoise e, principalmente, a «farsa» do casamento com ela. Esta relação e esta personagem, que tanto me interessaram, ilustram o que eu pretendia dizer no primeiro parágrafo. São um percurso, entre outros, com uma autonomia própria, algures no mapa desdobrado sobre a mesa. 


AUTOR:

         Henri Troyat, nascido com o nome Levon Aslani Thorosian(Լևոն Ասլանի Թորոսյան) ou Lev Aslanovich Tarasov, (Moscovo, 1 de novembro de 1911 — Paris, 2 de março de 2007) foi um escritorensaístanovelista e historiador francês de ascendência armênia.

          A sua família fugiu da Rússia com receio da chegada da Revolução Russa de 1917 quando ele tinha 6 anos de idade. Depois de um longo exílio, a família estabeleceu-se em Paris em 1920, onde o jovem obteve a nacionalidade, fez a sua escolaridade e mais tarde se formou em Direito.

          Ganhou o seu primeiro prémio literário aos 24 anos de idade, o "prémio do romance popular". Em 1938, aos 27 anos, recebeu o prestigiado Prémio Goncourt, pelo romance "L'Araignée".

           Apesar de nunca mais ter voltado à Rússia, o seu país foi tema recorrente da sua literatura, estando presente em muitos dos mais de 100 livros, novelas e biografias que publicou, de que se destacam as biografias de Anton ChekhovCatarina, a GrandeRasputinIvan IV, o Terrível e Leo Tolstoy.

Era o decano da Academia francesa, para a qual foi nomeado em 1959, e onde ocupou a cadeira #28 até à data da sua morte.

COMO NÃO PODIA DEIXAR DE SER, MAIS UM LIVRO INCRÍVEL... LEIA-O !!!!


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