OS TRABALHADORES
DO MAR
VICTOR HUGO
FICHA TÉCNICATÍTULO: TRABALHADORES DO MAR, OS
TÍTULO ORIGINAL: LES TRAVAILLEURS DE LA MER
AUTOR: VICTOR HUGO
VOL. 45/50
LITERATURA: BELGA
COLEÇÃO: CLÁSSICOS DA LITERATURA JUVENIL
GÊNERO: AVENTURA
EDITORA: ABRIL CULTURAL
EDIÇÃO: 1ª
ANO: 1973
IDIOMA: Português
ESPECIFICAÇÕES:CAPA DURA|213 páginas
ISBN: SEM CÓDIGO
INÍCIO DA LEITURA: 28/02/2021
TÉRMINO:07/03/2021
SINOPSE:
Os
Trabalhadores do Mar é a tradução portuguesa de Les Travailleurs de la Mer,
um romance de Victor Hugo, escritor francês, publicado em 1866. O
livro é dedicado à Ilha de Guernsey, onde Victor Hugo viveu 15 anos em exílio auto-infligido.
A dedicatória diz:
Dedico
este livro ao rochedo de hospitalidade e de liberdade, a este canto da velha
terra normanda onde vive o nobre e pequeno povo do mar, à ilha de Guernesey (ou
Guernsey), severa e branda, meu atual asilo, meu provável túmulo.
A
história tem como protagonista um habitante de Guernsey de nome Gilliatt. O
personagem que, segundo um 'leitmotiv' comum na poética de Victor Hugo, é um marginal
social, que se enamora de Deruchette, sobrinha do armador Lethierry. Quando o
navio de Lethierry naufragou no rochedo Douvres, um lugar particularmente
perigoso, não muito distante da ilha, em direção da costa francesa, Deruchette
promete casar-se com o homem capaz de recuperar o motor a vapor da embarcação.
Gilliatt oferece-se, e o romance passa a narrar as suas aventuras e
desventuras, entre elas a luta com um imenso polvo gigante, dentro de uma
caverna no rochedo. Os Trabalhadores do Mar é ambientado imediatamente após as guerras napoleônicas, e entre seus temas está
também o impacto da primeira revolução industrial na mencionada ilha.
O
romance introduz a palavra pieuvre (polvo), do dialeto Dgèrnésiais no vocabulário francês:
o termo usado até então era poulpe.
Como
no livro The Book of Ebenezer Le Page, de Gerald Basil Edwards, Victor Hugo usa
o cenário da comunidade de uma pequena ilha para transpor eventos aparentemente
mundanos para um drama do mais alto quilate.
Há
no livro, ainda, a questão da morte voluntária, escolhida pelo principal
personagem do romance, Gilliatt, quando lhe ficou bem claro que
irrevogavelmente perdera o amor de Deruchette, apesar de ter feito o que ela
pedira. Dirigiu-se ao mar, que ele conhecia tão bem, escolhendo caminhos
desertos, para o último ato de sua vida: esperar a morte, por afogamento, com a
maré alta, sentado na Cadeira Gild-Holm-Ur, curiosa formação no rochedo, de
frente para o mar, em forma de poltrona. De lá, viu passar o navio Cashmere que
levava sua amada, recém-casada com o jovem pastor anglicano do lugar. E, à medida
que a embarcação se afastava, subia o nível do mar. Victor Hugo descreve os
últimos momentos de um amor impossível:
A
água chegava-lhe à cintura. A maré levantava-se. O tempo corria. Ao mesmo tempo
que a água infinita subia à roda do rochedo Gild-Holm-Ur, ia subindo a imensa
tranquilidade da sombra nos olhos profundos de Gilliatt. O navio afasta-se no
horizonte: Depois diminuiu. Depois dissipou-se. No momento em que o navio
dissipava-se no horizonte, a cabeça desaparecia debaixo da água. Tudo acabou; só
restava o mar.
Um enfoque diferente, apresentando um tipo de vida bem anterior ao nosso, o que nos causa estranheza e ao mesmo tempo curiosidade, pois é inimaginável tal “rudimentariedade” na vida, diante de toda a tecnologia dos nossos dias... Leia-o e descubra esse mundo esquecido...
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